O enigma de Dendera


Dendera (na antiguidade também conhecida com os nomes de Belzoni ou Tentyra) é uma pequena cidade do Egito, localizada na margem ocidental do Nilo, a cerca de cinco quilômetros a sul de Qena, na margem oposta do rio.

Num local relativamente isolado, à beira do deserto e a pouco mais de dois quilômetros da cidade atual, localiza-se um complexo de templos greco-romanos, conhecido no Egito Antigo como Iunet ou Tantere e que deu fama à Dendera. A cidade árabe atual foi construída sobre o sítio da antiga Ta-ynt-netert, que significa “Aquela do Pilar Divino”. 

Foi capital do sexto nomo (nome dado às províncias faraônicas) do Alto Egito, conhecida como Nikentori ou Nitentori, que significa “madeira de salgueiro” ou “terra de salgueiro”. Outras teorias sobre o nome sugerem que derivasse da deusa do céu e da fertilidade, Hator, também associada com a deusa grega Afrodite. 

Situada na antiga província romana da Tebaida II, a cidade é até hoje uma sé titular da Igreja Católica, sufragânea de Ptolemais Hermiou. Pouco se conhece da prática do cristianismo na região, e sabe-se o nome de apenas dois bispos antigos: Pacômio (Pachymius), companheiro de Melece no início do século IV, e Serapião ou Aprião (Serapion ou Aprion), contemporâneo e amigo do monge São Pacômio, em cuja diocese localizava-se o célebre convento de Tabennisi. A cidade se tornou a “Denderah árabe” durante o fim do Império Otomano.

Os antigos egípcios conheciam a eletricidade? A descoberta de algo misterioso e inusitado, num complexo em Dendera, indica que sim. O fato de que os antigos egípcios tinham acesso a tecnologia avançada que lhes permitiu utilizar, inclusive, baterias para geração de energia elétrica há milhares de de anos atrás, apesar de parecer um exagero, é assunto exaustivamente debatido entre arqueólogso e egiptólogos. Evidências sugerem que a civilização egípcia conhecia teconologia que viria a ser efetivamente utilizada, com a lâmpada de Édison, isso masi de 3.000 anos depois da descoberta de uma câmara muito particular no complexo de Dendera. Apesar de parecer impossível, é bem verdade que há muitas descobertas no Egito que apontam firmemente para um pedaço de história esquecida da Antiguidade.

Desde que surgiu o interesse pela história da civilização egípcia, fomos atraídos pela sua arquitetura, pelos seus rituais religiosos, as pirâmides de Gizé, a enigmática Esfinge, como conseguiam carregar enormes blocos de pedra megalíticos através do deserto, e acima de tudo como é que criaram algumas das obras mais fascinantes da arte, o que é evidente em numerosos templos, com corredores e câmaras que ostentam magníficos afrescos e hieroglifos dificilmente realizados com luz de velas. 
Desperta curiosidade e surpresa ao tentar entender como os antigos egípcios conseguiram alcançar tamanha perfeição artística e uma particular técnica pictórica e escultória, trabalhando na escuridão total dos longos corredores subterrâneos, encontrados em inúmeros monumentos nas diversas necrópoles por todo o Egito. 

Como eles realizavam essas faturas incríveis sem uma fonte de luz constante? Pode-se pensar que talvez tenham utilizado tochas para iluminar o interior de pirâmides e templos, mas é uma hipótese a ser excluído, haja vista que as tochas teriam deixado marcas de fuligem e fumaça nas paredes e nos tetos e, em vez disso, não há vestígios delas. Então, como realizaram estes magníficos trabalhos? 

A PILHA DE BAGDÁ

Curiosamente, existem numerosos artefatos que indicam que os antigos egípcios teriam acesso à tecnologias avançadas, muito além da nossa imaginação, há milhares de anos. Duas das peças arqueológicas mais importantes e que são a prova da possibilidade de utilização de luz elétrica, são: uma parede dentro de um cubículo no templo de Dendera e a enigmática "Pilha de Bagdá", descoberta na aldeia de Khuyut Rabbou’a, vizinha à Bagdá, no atual Iraque, no ano de 1936.

O tubo di Crookes, um particular artefato de vidro onde é criado o vácuo a seu interno, em forma de um cone , que contém três elétrodos: um ânodo e dois cátodos . Deve o seu nome ao seu inventor, o físico William Crookes , e representa a evolução do tubo de Geissler, precursor do tubo de raios catódicos.

Foram encontrados no local, estranhos vasos de terracota de cerca 115 mm de largura por 140 mm de altura. Esses artefatos foram esquecidos e deixados de lado por muito tempo, até que Wilhelm König, diretor do Museu Nacional do Iraque em Bagdá, em 1938 encontrou entre os guardados da coleção do museu, as baterias. Wilhelm König foi um dos primeiros a levantar a hipótese de que estes artefatos eram elementos das baterias velhas num artigo publicado em 1940. Surpreendentemente, os investigadores descobriram que o sumo de limão, sumo de uva, ou vinagre foi usado como um ácido electrólito no interior destes recipientes, justamente para gerar electricidade. Além disso, as experiências realizadas com modelos criados à semelhança da pilha de Bagdá produziram corrente elétrica entre 3 e 5 volts. Claro, não chega a ser uma quantidadenotável de energia, mas seguramente foi suficiente para produzir “algo”, mesmo que pequeno, há milhares de anos atrás. Essas baterias são uma descoberta formidável, únicas em seu gênero. É algo que nos diz que os antigos egípcios dominavam a tecnologia, e não eram tão primitivos quanto pensávamos, e ainda pensam alguns insígnes eruditos, estudiosos da antiguidade. “Estes são itens exclusivos. Até onde sabemos, ninguém encontrou até o momento algo assim. Estas são coisas estranhas, são um dos enigmas da humanidade“, disse o Dr. Paul Craddock.



É possível que estas baterias tenham sido usadas como dispositivos de energia para as lâmpadas Dendera? E se a eletricidade dos tempos modernos fosse, na verdade, uma reavaliação de milhares de anos atrás? É possível que a eletricidade tenha sido originalmente descoberta no mundo antigo e os sacerdotes egípcios tenham sido os primeiros a explorar o poder dessa nova fonte para iluminar seus túmulos e monumentos subterrâneos? 
Muitas pessoas ao redor do mundo dizem que sim e indicam uma série de baixos-relevos que cobrem as paredes em um canto escuro de uma cripta no templo de Hathor em Dendera, perto de Tebas. 


Descoberto em 1857, um baixo-relevo no templo retrata um dispositivo que se apresenta sem dúvida como uma enorme lâmpada antiga. Esta revelação surpreendente se espalhou rapidamente e chamou a atenção dos engenheiros e pesquisadores ao redor do mundo que, depois de estudar o baixo-relevo, concordaram que as representações nas paredes do templo certamente, e tudo leva a crer, pareciam representar uma lâmpada elétrica. Os pesquisadores compararam e estudaram as representações e os diferentes tipos de lâmpadas, chegando à conclusão de que os antigos egípcios construíram lâmpadas muito semelhantes aos “tubos de Crookes”. 

“Quando o tubo se encontra em funcionamento, o feixe é criado introduzindo ao seu interno o cabo de raios catódicos, na extremidade delgada. Na imagem do templo, o feixe de elétrons é representado como uma longa "cobra". A cauda do serpente começa onde um cabo da caixa de alimentação entra no tubo, e a cabeça da cobra toca o lado oposto. Deve-se notar que na arte egípcia a serpente era o símbolo da energia divina", concluiu Chris Dunn.

É claro que não temos a certeza absoluta do que é representado neste mural do templo de Dendera, mas um pouco de “luz” ao nosso conehcimento desta antiga civilização, nos foi dada por estes estranhos objetos. A história antiga foi parcialmente esquecida ou não transmitida como deveria através das gerações que se sucederam ao fim da civilização egípcia. Muitas maravilhas, sejam nas técnicas misteriosas de construção, na medicina, ou na arquitetura, de acordo com os ditames clássicos e acadêmicos, não poderiam existir, dificilmenet encontrando explicação exauriente. Nesse caso em particular, uma verdade nos parece bastante evidente: uma civilização antiga dominou o mundo com sua tecnologia “impossível”, e apesar de grande parte de sua memória ter se perdido, nos surpreendemos a tal ponto com as descobertas que cehgamso mesmo a nos indagar: “estes seriam nós, viajantes do incognoscível”?.