As cunhagens do Rio de Janeiro pré-republicano

A Casa da Moeda da Bahia foi transferida para o Rio de Janeiro em 1698, em obediência à Carta Régia de 12 de janeiro desse ano. Em 1700 foi novamente removida, desta vez para Pernambuco, mas em 1702 estava de volta ao Rio de Janeiro. E até hoje, quase três séculos decorridos ainda se encontra nessa cidade, conservando o mesmo nome e as mesmas atribuições. 

Em 1698, a Casa da Moeda, vinda da Bahia por mar, com seu pessoal e ferramentas, foi instalada na rua Direita, atual Primeiro de Março, no prédio dos armazéns da Junta de Comércio, nas proximidades da ladeira de São Bento. Ao voltar de Pernambuco, em 1702, novamente se instalou no mesmo local. Sua letra monetária era “R”. Junto com a Casa da Moeda, usando seu pessoal e instalações, estabeleceu-se, em 1703, uma Casa dos Quintos [*1], para arrecadar o tributo daqueles que não quisessem trocar seu ouro por moedas. Tornando-se inadequadas as dimensões do prédio da Junta do Comércio, a Casa da Moeda transferiu-se para duas casas dos frades carmelitas, no Terreiro do Carmo, hoje Praça XV. 

Isso ocorreu por volta de 1707. Nas invasões francesas, a Casa da Moeda foi afetada de formas diversas. Em 1710, travou-se nas suas proximidades a principal batalha; vencidos os invasores, parte dos prisioneiros foi recolhida à cadeia que foi alojada na própria Casa da Moeda. 

Na invasão de Duguay-Trouin, em 1712, foi obrigada a pagar a notável soma de 110:077$600 (cento e dez contos, setenta e sete mil e seiscentos réis), como parte do resgate da cidade. Além disso, foi pesadamente bombardeada, ficando inutilizadas as suas oficinas, o que a obrigou a suspender os trabalhos por muitos meses. Em 1743, o Conde de Bobadela, Gomes Freire de Andrade, edificou no local um novo prédio, o imponente Palácio dos Governadores. 

A Casa da Moeda ficou ocupando uma parte do térreo, voltada para a rua Direita. Já no século XIX, em 1814, a Casa da Moeda mudou-se para o antigo rudimento de museu de história natural, na rua do Sacramento, a famosa Casa dos Pássaros, que compartilhou com o Erário Régio [*2]. 

No período em que esteve na rua do Sacramento, a Casa da Moeda emitiu, pela primeira vez na América, selos postais, os célebres olhos de boi. Nesse edifício, a Casa da Moeda ficou até 1868, quando foi removida para o prédio próprio, especialmente construído para ela na Praça da Aclamação, hoje Praça da República. E ali ficou por mais de um século até 1983, quando foi removida para o Parque Industrial Santa Cruz, onde dispõe das melhores instalações possíveis. 


Período de 12/01/1698 a 20/01/1700 (Junta do Comércio - Ladeira de São Bento - R. Direita)

Se por um lado os problemas de numerário foram amenizados na Capitania da Bahia, com a criação de uma Casa da Moeda naquela localidade, a população do Rio de Janeiro sofria com a falta de moeda e com o risco do transporte de ouro e prata para serem amoedados naquela localidade, bem como da remessa de moedas portuguesas e espanholas, para serem recunhadas e transformadas em moeda provincial, levando-se em conta a absoluta falta de segurança e a pirataria verificada nas costas brasileiras.

Assim, através da Carta Régia de 7 de março de 1697, D. Pedro II de Portugal prorrogou por um ano as funções da Casa da Moeda da Bahia, determinando que as Capitanias de Pernambuco e Paraíba continuassem a remeter à Salvador todo o dinheiro. Estabeleceu ainda que, após esse prazo, fosse fechada aquela Instituição.

Nesse mesmo documento, o monarca determinou que, em face às argumentações apresentadas pela Capitania do Rio de Janeiro, o Governador e a Câmara deveriam optar por continuar remetendo o dinheiro para a Bahia ou deveriam seguir para o Rio de Janeiro os oficiais e os engenhos, para que ali se realizassem os trabalhos de transformação.
As despesas dessa transferência correriam por conta dos moradores do Rio de Janeiro, inclusive as despesas com a fábrica e com os ordenados, excetuando-se os custos dos engenhos.

Em reunião de 8 de maio de 1697, os Oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, examinando as opções dadas por D.Pedro II, concluíram, por ser mais conveniente e seguro, instalar a Casa da Moeda na cidade do Rio de Janeiro e não mais remeter dinheiro para a cidade de Salvador.

A escolha do local para o funcionamento da nova Casa da Moeda recaiu sobre o prédio onde se encontrava a Junta do Comércio, localizado na rua Direita, nas proximidades da Ladeira de São Bento, onde hoje se encontram as instalações do Arsenal da Marinha.

A transferência das instalações da Bahia para o Rio de Janeiro não ocorreu de imediato, uma vez que D. Pedro II determinou que fosse concedido à Capitania de Pernambuco o prazo de um ano, para que remetesse todas as moedas de que dispunha à Bahia, a fim de que fosse reduzida a moeda provincial em circulação.

A Casa da Moeda do Rio de Janeiro deu início às suas atividades em 17 de Março de 1699 e, naquele ano e no seguinte, lavrou metais e valores idênticos aos da Casa da Moeda da Bahia ou seja, moedas de ouro e de prata. Realizado o serviço de cunhagem mais urgente, na Capitania do Rio de Janeiro, a Casa da Moeda foi transferida para a Capitania de Pernambuco, onde existia uma grande necessidade de numerário.


[*1] Nome que se dava às Casas de Fundição no final do século XVII e no princípio do século XVIII, por serem encarregadas de arrecadar o “real quinto”, tributo devido ao Rei. É possível, porém, que algumas delas não tenham chegado a fundir o ouro em barras, limitando-se a funções estritamente fiscalizadoras e arrecadadoras. A ausência de estudos e a escassez da documentação dificultam o esclarecimento do assunto. Apesar dos fortes indícios de serem semelhantes, é preferível distingui-las das CASAS DE FUNDIÇÃO, até que surjam novos elementos. 
[*2] Núcleo inicial do atual Ministério da Fazenda, foi transplantado de Portugal para o Brasil em 1808, quando da vinda da Família Real. Sua instalação no Rio de Janeiro se deu por força do alvará de 28 de junho de 1808. Era denominado também de ERÁRIO RÉGIO, e fora criado em Portugal pelo alvará de 22 de dezembro de 1761.

A Casa da Moeda do Rio de Janeiro deu início às suas atividades em 17 de Março de 1699 e, naquele ano e no seguinte, lavrou metais e valores idênticos aos da Casa da Moeda da Bahia ou seja, moedas de ouro e de prata. Realizado o serviço de cunhagem mais urgente, na Capitania do Rio de Janeiro, a Casa da Moeda foi transferida para a Capitania de Pernambuco, onde existia uma grande necessidade de numerário. Nesse primeiro período, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro produziu:

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Casa da Moeda do RIO DE JANEIRO
Reinício das atividades (1703 – 1706) - Junta do Comércio - Ladeira de São Bento - R.Direita – RJ

Tendo reduzido muito as atividades da Casa da Moeda de Pernambuco e com o Rio de Janeiro necessitando de um estabelecimento que pudesse proceder o recebimento de ouro em pó e em barras, resultante do incremento que se ía processando nas minas paulistas e nas Minas Gerais - bem como realizar a amoedagem desse ouro e devido ao constante desenvolvimento da região - voltou a Metrópole a determinar que se reabrisse a Casa da Moeda do Rio de Janeiro, transferindo-a de Pernambuco.

Ao retornar ao Rio de Janeiro, a partir de Janeiro de 1703, a Casa da Moeda voltou ao seu antigo prédio, ainda de propriedade da Junta do Comércio, próximo à Ladeira de São Bento. As moedas cunhadas pela casa da Moeda do Rio de Janeiro , neste segundo período e no reinado de D. Pedro II foram de ouro, como se segue:

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4000 RÉIS 1699 sem letra

320 RÉIS 1699 sem letra


4000 RÉIS 1703 RRRR - circulava por 4800 réis


Convento do Carmo (1706 a 1743)

Durante o período que vai de 1706 a 1743 (Convento do Carmo), a Casa da Moeda do Rio de Janeiro cunhou:

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DOBRA - 12800 RÉIS 1731R - 2º tipo de escudo - Itálico


PEÇA - 6400 RÉIS 1727R - 1º tipo de escudo - Oval


Casa da Moeda - RIO DE JANEIRO (1743 – 1814) - Casa dos Governadores - Paço Real – RJ

Durante este período, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro no Paço Real, cunhou moedas com D. João V, D. José I, D. Maria I e D. João P. R.

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1/2 PEÇA - 3200 RÉIS 1749R


...(1743 – 1814)...continuação

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1/2 PEÇA - 3200 RÉIS 1756R


ESCUDO - 1600 RÉIS 1763R


D. João P.R. - 80 réis 1810R



JÓIAS DA NUMISMÁTICA BRASILEIRA 
O 960 RÉIS 1809 DA CASA DA MOEDA DO RIO DE JANEIRO

Alguns estudiosos o consideram uma prova de cunho. Existem ensaios em prata, prata dourada, bronze, cobre dourado e chumbo com essa data, porem a legenda e diferente, pois enquanto esta peça (unica conhecida e que foi recunhada sobre moeda hispano-americana) apresenta legenda JOANNES.D.G.PORT.P.REGENS.ET.BRAS.D, os ensaios tem legenda JOANNES:D:G:PORT:E BRAS:D:P:REGENS.

Acervo do Museu de Valores do Banco Central do Brasil
Colônia - D. João Príncipe Regente, 960 Réis da Casa da Moeda do Rio de Janeiro. 
Da mais alta raridade (5R), único exemplar conhecido. Imagem gentilmente cedida pelo MVBC. 

Apareceu, pela primeira vez, no meio numismático, em 1936 quando foi adquirida pelo colecionador Alcides do Castro Santos. A partir daí, começaram a aparecer peças falsas na tentativa de iludir o colecionador inexperiente. Depois de haver feito parte da coleção Nunes de Belo Horizonte, ingressou definitivamente para o acervo do Museu de Valores do Banco Central, instituição que hoje detém o maior número de exemplares raros e únicos de moedas brasileiras.

Teoricamente, foram abertos 3 cunhos de anverso com a data 1809 R. Um deles, supõe-se, foi usado uma única vez e os outros dois emendados para 1810. Por esse motivo encontramos patacões de 1810 R, onde é visivel o "09" de 1809 sob "10" de 1810.

Diz-se que o numismata Alcides de Castro Santos o adquiriu, juntamente com um pequeno lote de moedas, pelo qual pagou muito pouco levando-se em consideração que, entre os exemplares cnstantes do lote adquirido, encontrava-se uma das moedas mais cobiçadas entre os colecionadores e a mais desejda entre os estudiosos dos 960 réis. 


Casa da Moeda - RIO DE JANEIRO (1814 – 1868) - Casa dos Pássaros -  RJ

Durante este período, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro, na Casa dos Pássaros, cunhou moedas para D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II.

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PEÇA - 6400 RÉIS 1822R - Da mais alta raridade

D. Pedro I - 4.000 réis 1826R

D. Pedro I - Casa da Moeda do Rio de Janeiro - 640 réis 1827R


Figura: Império - D. Pedro I - Curioso exemplar de 80 réis de cobre recunhado sobre “ONE LARGE CENT”. Apesar da aparência de moeda falsa, a verdade é que NÃO é contrafeita. O cunho é verdadeiro e corresponde nos mínimos detalhes ao original. Existem apenas dois exemplares dessa “raridade”. Especula-se que, provavelmente, o funcionário da Casa da Moeda que trabalhava na cunhagem, tinha duas destas moedas americanas no bolso. Num dado momento de pausa, sem ter o que fazer, resolveu bater o cunho que já estava em posição, sobre essas duas moedinhas.


O chamado Primeiro Sistema Monetário, que perdurou até 1834, foi a continuação do que existia no Primeiro Reinado, compreendendo moedas de uso local. Com D. Pedro II, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro, em cumprimento à Portaria n. 287, de 15 de setembro de 1831, procedeu a abertura de novos cunhos, com a efígie do imperador e a legenda alusiva ao soberano, sem que fosse alterado o estabelecido, no tocante a peso, valor, tipo e denominação das espécies monetárias. Ainda dentro do Primeiro Sistema Monetário, foram cunhadas as seguintes moedas:

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Durante o segundo Sistema Monetário (1833 - 1848), foi centralizada a cunhagem em uma só Casa da Moeda, na Capital do Império, isto é, no Rio de Janeiro. Portanto, não havia a necessidade de inscrição da letra monetária, já que se tratava de apenas uma entidade "cunhadora".

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Nota: O período de Regência, que se prolongou de 1831 a 1840, originou-se da abdicação de D. Pedro I, ocorrida a 7 de Abril de 1831, em favor de seu filho, D. Pedro II, então com seis anos de idade, sendo nomeado tutor do novo soberano José Bonifácio de Andrade e Silva. Durante a menoridade de D. Pedro II, foi o Governo exercido por Regências sucessivas. Declarado maior, em 1840, foi D. Pedro II sagrado e coroado no mesmo ano, com a idade de 15 anos. 
Durante o reinado de D. Pedro II, incluindo-se o período de Regência, o país passou por três Sistemas Monetários. 


4000 RÉIS 1832R - AZEVEDO
Acervo do Museu de Valores do Banco Central do Brasil
Império - D. Pedro II, 4000 Réis da Casa da Moeda do Rio de Janeiro.
1832 R - Gravador AZEVEDO 
Exemplar da mais alta raridade (5R), 5 exemplares conhecidos. 
Imagem gentilmente cedida pelo MVBC.


Nota: A imagem de D. Pedro II, dada sua longa gestão, foi a mais representativa da numismática brasileira, com gravações que o retratam desde a infância à idade adulta. Durante seu longo reinado, o Brasil teve três sistemas monetários. O primeiro (1831-1834), ainda na Regência, manteve a forma adotada desde o período colonial: moeda nacional e moeda provincial, ou seja, uma destinada a todo o país e outra com circulação restrita à determinada região. 

As moedas de ouro continuaram a ser cunhadas nos valores de 6.400 e 4.000 réis e traziam a efígie de D. Pedro II menino, feita pelo gravador Carlos Custódio de Azevedo. O mesmo padrão dos períodos anteriores foi conservado nas moedas de prata. 
Com a assinatura de AZEVEDO, existem o 6400 réis (não muito raro) e este da foto, o extermamente raro "4000 réis AZEVEDO", exemplar sonhado por todo numismata avançado a fim de enriquecer seu acervo de moedas de ouro.

Somos de opinião que, em um leilão internacional ao nível das prestigiosas casas numismáticas, um exemplar como esse chegaria facilmente à cifra dos US$ 300.000,00, mas com grande probabilidade de ultrapassar a cifra dos 350 mil. 

Na legenda lê-se: AZEVEDO F. O F final, ao contrário do que muitos costumam dizer, nada tem a ver com a abreviação do nome do gravador. Vem do latim FECIT (FEZ). Assim, colocado junto ao nome,significa AZEVEDO FEZ (executou o trabalho).


6400 RÉIS 1832R - AZEVEDO

O segundo sistema (1833-1848) distingue-se dos demais por ter sido o primeiro genuinamente brasileiro e não a simples continuação do colonial. Aboliram-se os sistemas fraco (provincial) e forte (nacional), centralizou-se a cunhagem na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e unificou-se o padrão ouro, criando-se a moeda de 10.000 réis, com a efígie de D. Pedro II menino. Declarando-se a maioridade do Imperador em 1840, tais moedas passaram a ostentar o busto de D. Pedro II adolescente, fardado de almirante. 


960 RÉIS 1834R


3 CRUZADOS - 1200 RÉIS


2 CRUZADOS - 800 RÉIS


CRUZADO - 400 RÉIS


1/2 CRUZADO - 200 RÉIS



Mais uma jóia da numismática brasileira - D. Pedro II - Série dos Cruzados - Casa da Moeda do Rio de Janeiro, sem letra monetária, datado 1844 (3 conhecidas). O exemplar acima pertenceu à coleção do Dr. Silveira, de Curitiba. Foi vendido em leilão da SNP (Sociedade Numismática Paranaense) que se encarregou da venda de toda coleção do numismata. O último leilão dessa moeda ocorreu nos EUA em 2011. Valor final US$ 83.375,00, já com a comissão do leiloeiro.


16.000 RÉIS ALMIRANTE 1847


O Terceiro Sistema Monetário, que vigorou de 1848 a 1942, apresentou a seguinte cunhagem de moedas, anteriores ao advento da República:


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Em 1868, foram criadas moedas de bronze para substituírem as antigas moedas de cobre. Os cunhos foram abertos na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e enviados para a Casa da Moeda de Bruxelas, na Bélgica, onde foi procedida a cunhagem com as seguintes características:

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20.000 RÉIS - PAPO DE TUCANO


20.000 RÉIS 1852 - 2° TIPO


20.000 RÉIS 1853 - 3° TIPO


500 RÉIS 1848 - 1° TIPO


2.000 RÉIS 1863 - 2° TIPO


Casa da Moeda - RIO DE JANEIRO (1868 – 1889) - Praça da Aclamação

No período em que a Casa da Moeda funcionou no prédio da Praça da Aclamação (atual Praça da República), durante a fase do Império, foram cunhadas moedas em ouro, prata, bronze e níquel, conforme cronologia abaixo:

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20.000 RÉIS 1889 - 3° TIPO
ÚLTIMA MOEDA DE OURO DA MONARQUIA


EPÍLOGO

Após a proclamação da República, a Casa da Moeda do Brasil, ainda instalada na Praça da República, limitou-se a cunhagem de moedas, medalhas, selos e algumas tentativas de impressão de cédulas. Existiam muitos entraves burocráticos que dificultavam o desenvolvimento do trabalho e por consequência a limitação artística e criação de séries numismáticas. No período que se seguiu, a Casa da Moeda do Brasil a partir do advento da República, até a primeira Reforma do Padrão Monetário Brasileiro, ocorrida em 1942, cunhou as seguintes séries do padrão “mil-réis”.

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Em cumprimento ao Decreto-Lei 4.791, de 5 de Outubro de 1942, a Casa da Moeda passou a cunhar moedas com o padrão “cruzeiro”, mais tarde, substituídas pelo cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, retornando ao cruzeiro, cruzeiro real, até chegar ao real, a unidade atual, porém em suas novas instalações.

20.000 RÉIS 1889 - REPÚBLICA
Primeira moeda de ouro da República


2000 RÉIS 1896



Figura: O raríssimo 10.000 réis da Republica, data 1922, emendada de 1911. Foram cunhados apenas 6 exemplares dessa jóia de rara beleza. O exemplar da figura pertenceu ao acervo da coleção RLM do Dr. Roberto Villela Lemos Monteiro. A belíssima moeda, em grau de conservação MS64 foi leiloada recentemente nos EUA, por US$ 105.750,00, valor por nós considerado baixo para esse exemplar da mais alta raridade. Última moeda de ouro (meio circulante) do Brasil republicano.